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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Divagando sobre felicidade



Eu acho que a gente nunca fica 100% feliz.
Porque parece que sempre falta alguma coisa.
Falta alguém. Falta algo. Falta o amanhã que não chega logo.
Ansiedade. O mal do século. O mal de Ivana.
Às vezes, falta o ontem.
Viver e só dar valor depois que passou. O mal das pessoas. O mal de Ivana.

Eu me pergunto porque é tão difícil viver o agora.
Será que devemos culpar os avanços da tecnologia,
o bendito Facebook e o santo whatsapp,
que sempre nos lembram do que já passou e do que está por vir
e esquecem de nos lembrar que o que importa é o agora?
Talvez sim.

Será que é possível ficar 100% feliz?
Talvez eu já tenha ficado.
Consigo pensar em duas ou três situações
que já me deixaram em sintonia com o mundo todo.
Mas eu me pergunto: como é que a gente sabe que tá feliz?
Alguém tem uma resposta universal para isso?

Talvez eu esteja fazendo a pergunta errada.
Talvez a pergunta certa não seja "é possível ficar 100% feliz?",
mas sim "felicidade é ser ou é estar?".
Ou ainda, "felicidade é uma coisa que dura só um segundo,
ou é algo que nem todo o tempo do mundo consegue abalar?".
Acho que vou tatuar um símbolo de interrogação na testa.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sou chata, sim.



"Como assim você não gosta de coca-cola?!?!?!".
É, não gosto. Não gosto de coca-cola. Não gosto de paçoca. Não gosto de café.
"Mas você tem alergia a amendoim ou a cafeína??"
Não. Eu só não gosto.
Não gosto de chá. Não gosto d'A Culpa é das Estrelas.
Não gosto de gatos. Gosto de corujas e cobras.
Não gosto de azul.
Não gosto de frio.
Não gosto de gente burra. (não confunda "gente burra" com "gente com menos instrução").
Não gosto de gente bonita que tem beleza que cansa. Gosto de gente que sabe ser bonita.
Não gosto de insetos. Não gosto de gente que fala "zap zap". Não gosto de gente que muda a estação de rádio que eu estou ouvindo para colocar na estação que toca pagode ou na estação que toca músicas que me dão sono.
Não gosto de gente que não gosta de certas coisas e simplesmente aceita-as por comodismo.
Não gosto de gente que mata os sonhos, deixa de viver, e passa a apenas existir.
Não gosto de gente que anda pela casa enquanto escova os dentes.
Não gosto de velhos beijando a minha mão com intenções que não sejam puras ou fraternas.
Não gosto de gente hipócrita que não assume a hipocrisia.
Gosto noite quente de primavera com brisa na cara, uma garrafa,
uns bons amigos e abraço apertado.
Gosto de escrever sobre coisas que gosto, não gosto, e sinto.
Gosto de olhar carinhoso, gosto de beijo demorado, gosto de roupas no chão.
Gosto de riso de criança, gosto de coisas novas, gosto de mudanças.
Gosto de faculdade, gosto de Taylor Swift, gosto de Fall Out Boy.
Gosto de corujas, gosto de Gossip Girl, gosto de filmes com sangue.
Gosto de histórias bem contadas. Gosto de finais felizes que nunca são finais.
Gosto de sonhos. Gosto de realizá-los.
Não gostei do final deste texto. Mas estou chegando na faculdade e preciso terminá-lo.
Não gosto de ficar sem bons fins de texto. Mas gosto de meios legais. E eu gostei do meio deste aqui.


16/10/2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Inspiração pós-stress.



Preciso voltar a colher os botões de rosa que plantei.
Se não as rosas murcham. O perfume some. A beleza acaba.
Se não, as flores morrem.

Tempo.

Tempo.
Não é ele que corre. É a gente que não o aproveita bem.
(ai que frase de livro de auto-ajuda)

Sinto falta. Não gosto de sentir falta. Gosto de sentir presença. Gosto de sentir riso. Gosto de sentir abraço. Gosto de sentir arrepio. Gosto de sentir pessoas. Gosto de sentir amigos. Gosto de sentir música. Gosto de sentir quente. Gosto de sentir roupa bonita entrando no corpo. E saindo. Gosto de sentir bem. Gosto de sentir doce. Gosto de sentir que todas as coisas do mundo cabem em mim. Porque elas cabem. Todas elas cabem.
Gosto de sentir a Ivana que sou, não a Ivana que querem que eu seja.

30/09/2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Aos meus queridos Babacas Idiotas



Escutar certas músicas (principalmente Fall Out Boy) me faz lembrar. Ler Tati Bernardi me faz ligar o lado "foda-se, vou falar o que penso".
E eu ouvi Fall Out Boy e li Tati Bernardi. E eu precisava externar meu grão de areia (porque ostra feliz não faz pérola).
Eu quero dizer que eu adoro olhar para vocês e me dar conta de que vocês estavam olhando para mim a mais tempo do que gostariam de admitir. Eu quero dizer que eu adoro olhar para trás, para poder seguir em frente de alma lavada.
Pra que enterrar o passado, se ele é tão delicioso? (especialmente quando sei que as minhas lágrimas do passado hoje são lago para vocês se afogarem).
Queridos, vocês tem seus próprios demônios. E eu sei que pelo menos um deles se parece comigo. E eu adoro ser uma parte da loucura e depressão de vocês.
Porque hoje digo a todos vocês que já arrancaram uma lágrima que seja de mim: vocês nunca me esquecerão. E eu adoro ser um fantasma do passado. Gosto mesmo. Porque ser esquecida é chato. Porque minhas lágrimas teriam sido em vão.
Porque hoje eu estou extremamente animada. Porque agora eu estou num momento lindamente feliz.
Porque eu gosto de assistir vocês se contorcendo.

domingo, 17 de agosto de 2014

Ele.





Ele me rouba as palavras, me arranca os sorrisos, me deixa sem ar.
Ele não faz ideia de como consegue tocar os cantos mais fundos da minha alma, aqueles que eu nunca revelei pra ninguém.
Ele faz eu me sentir louca, criança, leve, solta, menina, mulher.
Ele desperta meus sentimentos mais sinceros, os mais profundos, aqueles que eu nem sabia que eram possíveis de existir, pois são tão fortes, tão belos...

"Nós não escrevemos poesia porque esta na moda. Escrevemos poesia porque fazemos parte da raça humana. E a raça humana está impregnada de paixão. A poesia, a beleza, o romance, o amor, são as coisas pelas quais vale a pena viver."

As palavras que se impregnaram em mim a algum tempo nunca fizeram tanto sentido quanto fazem agora.
Porque tudo que ele diz pra mim é poesia. Porque cada olhar é poesia. Porque cada beijo, cada toque, exala poesia...
Porque eu não consigo entender como é possível não explodir com tantos sentimentos bons gritando aqui dentro.
Porque ele diz tudo que eu sempre quis ouvir, mesmo sem saber quais eram as palavras pelas quais eu tanto ansiava.
Porque ele compreende a minha alma, mais do que eu mesma jamais serei capaz de fazer. Porque ele decora meus sorrisos, porque ele guarda meus olhares, porque ele afasta meus medos, porque ele me dá os melhores momentos...

Ele não imagina que me resgatou de mim mesma, e o quanto eu me sinto segura para enfrentar todos os monstros debaixo da cama agora.
E eu sei que eu posso enfrentar o mundo todo sozinha, mas fazer isso com ele ao meu lado é muito mais divertido.

E, sabe, ele me diz que ele estava sentado naquele banquinho e que eu cheguei sem pedir permissão e o conquistei, mas, na verdade, ele é que chegou, pediu para sentar ao meu lado, levou um ‘não’ como resposta, e continuou lá mesmo assim. E ele não faz ideia de como sou grata por ele ter ficado ali sentado. Porque, de repente, ele passou de um estranho que eu não queria que sentasse ao meu lado para o amor da minha vida...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sobre um bom silêncio.




Acho que essa é a primeira vez na vida que eu desejo que o dia fique frio. Pelo menos frio o bastante para se usar cachecol.
Quero ler todos os livros do mundo, escutar todas as músicas, assistir todos os vídeos, saber todas as notícias.
Mas não agora.
Agora só desejo ouvir o barulho do mundo e descobrir que ele não consegue penetrar no meu silêncio. Porque meu silêncio é grande demais, forte demais. Meu silêncio grita memórias. Meu silêncio se instalou pra que o mundo girasse mais devagar. Meu silêncio de agora é um dos silêncios bons. É um dos silêncios que fazem a gente sentir cada sentimento dentro da gente. É um silêncio que não dói, não incomoda. É um silêncio que me faz ter consciência de todas as coisas, mesmo das que eu não conheço. Porque pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo faz esse silêncio único se instalar dentro da gente.
Eu acho que eu aprendi como é que se espera. Eu consigo fazer isso agora.
Não significa que eu não queira que o tempo passe infinitanente mais rápido para aproveitar os próximos bons momentos que estão por vir.
Acho que isso significa que eu aprendi como deixar algumas coisas pra trás. Acho que significa que eu finalmente aprendi como não ser engolida no "mundo adulto".
Acho que isso significa que eu nunca estive tão bem, tão verdadeiramente bem, em toda minha vida.
Isso é engraçado. É o que eu esperava atingir: não preciso; mas eu quero.
Só pelo prazer de querer.

13h.

domingo, 27 de julho de 2014

Sobre um dia frio muito quente.



Começo a pensar que não existe um momento errado pra coisas certas acontecerem. Nunca é errado o bastante. Sempre é apenas um momento. Não um momento errado. Só um momento.
E é isso que temos.
É isso que somos:
Momentos.
Momentos, memórias e sonhos.
Mas as memórias são momentos que já passaram, e os sonhos são momentos que ainda não chegaram; eles fazem-nos ser quem somos, mas não são, de fato, o agora. Memórias e sonhos são essenciais. Mas a única coisa que podemos fazer, realmente, é viver momentos; o momento.
Estava eu a conversar com minha melhor amiga sobre momentos e como eles podem durar pra sempre por algumas horas.
Sempre acreditei que coisas boas acontecendo faziam o tempo passar mais rápido. Hoje descobri que mergulhar de cabeça em coisas e pessoas rasas faz o tempo passar mais rápido.
Descobri que quando nos agarramos a uma ilusão, o tempo voa, e sentimos que foi tempo perdido com pouco.
Descobri que quando uma coisa é intensa, boa, certa, o tempo passa bem devagar, e conseguimos prender cada segundo dentro da gente, pra reviver aquilo de novo e de novo quando precisamos de um motivo pra sorrir.
Descobri que uma vida inteira pode se passar durante um abraço, e a gente não liga, porque o mundo lá fora está simplesmente muito longe pra nos atingir.
Descobri que as músicas que eu ouvia aos 14 anos fazem sentido ainda.
Descobri que eu não preciso ter pressa, que eu não preciso ter medo.
Descobri que posso fazer o tempo congelar pra sempre em um segundo quando sinto aquele cheiro.
Descobri que não faço ideia de como terminar este texto.
Agora, tudo que sei é que eu quero cantar essa música tocando no celular como se não houvesse amanhã. Ou melhor, como se o amanhã fosse um dia repleto de coisas boas que irão me fazer sorrir.
Porque quando uma coisa da certo, todas as outras parecem encontrar seu caminho e irem na melhor direção possível.
Gosto disso.


18h.

sábado, 26 de julho de 2014

Isso!



Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar.

Por essa razão escrevo.



Caio F. Abreu

quarta-feira, 23 de julho de 2014

"Ostra feliz não faz pérola"



"Eu não quero ir", pensei. E quando me dei conta, já estava lá. E meus dias estão muito melhores agora por eu ter ido.
"Eu não gostei disso tanto assim", pensei. E quando me dei conta, já estava saindo da loja com a sacola na mão. E eu estou muito feliz agora por ter comprado.
Sei lá.
Acho que, lá no fundo, meus instintos estavam o tempo todo me guiando na direção certa. Mas eu não conseguia prever aonde eles queriam que eu chegasse. Então, eu tive medo. E pensei que estava fazendo a coisa errada.
Eu realmente não devo duvidar da minha intuição.

(...)

Centenas de milhares de segundos se passam, e eu não consigo tirar esse sorriso do rosto.
"Ostra feliz não faz pérola", disse alguém. É preciso que algo esteja incomodando pra que se crie algo. Nem que seja um incômodo chamado curiosidade.
No meu caso, o incômodo é que todas essas palavras não cabem dentro de mim. Elas precisam sair. Elas precisam dizer ao mundo como me sinto.
Porque eu me sinto bem.
Porque eu gosto de como eu me sinto.
Porque o mundo parece mais certo agora.
Algo me incomoda. E, quando incomoda, a gente tem que por pra fora. E ai, a gente cria.
Eu acho que é isso. Eu acho que sempre algo vai me incomodar. Porque o mundo parece mais certo agora, mas ele nunca vai estar certo o bastante. Porque eu sempre vou precisar colocar todas essas palavras pra fora, antes de me afogar com elas. Porque eu sempre vou querer mais. E não ter tudo me incomoda. Porque eu sou uma criança mimada que exige ter todas as coisas boas do mundo.
E, enquanto eu não alcanço tudo, estarei incomodada. E ai, escrevo. E ai, me alivio. E ai, transformo grão de areia em pérola.

Estar incomodada com algo é uma das melhores coisas que pode acontecer com a gente.

21h.

domingo, 20 de julho de 2014

Tati sempre dizendo verdades :')



"Você precisa fazer alguma coisa, as pessoas dizem. Qualquer coisa, por favor, as pessoas dizem. O que não dá é pra ficar assim. Nem que seja piorar, nem que seja enlouquecer. Olho o rosto das pessoas. Tem os ossos, dai tem a parte de dentro. Tem os olhos e tem o fundo dos olhos."

Tati Bernardi

Crônicazinha para descontrair (:



E lá estava eu mais uma noite na salinha de segurança, observando os monitores de segurança principais do supermercado. É realmente fascinante esse trabalho, de observar pessoas. Bom, na verdade, o trabalho de monitorar as imagens das câmeras de segurança de um supermercado toda noite não é algo tão excitante assim. Mas, para um velho de 62 anos como eu não morrer de tédio sentado naquela cadeira, observo as pessoas pelo monitor, e suas atitudes.
É realmente engraçado prestar atenção no que as pessoas fazem quando não tem consciência de que estão sendo observadas. Quer dizer, é claro que todos sabem que em supermercados há câmeras instaladas, mas às vezes, por não ter ninguém fisicamente perto delas, as pessoas esquecem que há alguém que está vendo cada movimento que elas fazem: já vi pessoas dançando loucamente por se empolgarem com alguma música que estão ouvindo no fone de ouvido, já vi crianças brincando de super-herói com toalhas amarradas nas blusas...
Mas naquela noite, uma criança me intrigou. Era um garotinho, não devia ter mais do que sete anos. Ele entrou no supermercado com o que supus ser seu pai e sua mãe, e estava com a cara amarrada. Estava com um semblante de poucos amigos, com carinha de criança que teve um desejo negado. Mas, assim que começou a andar pelo supermercado, ele parou em frente uma prateleira por alguns segundos e, de repente, começou a sorrir. Mas não um sorriso pequeno e curto. Um sorriso daqueles de mostrar todos os dentes da boca. E o garotinho ficou sorrindo por todo o tempo em que esteve no supermercado fazendo compras com os pais.
Quando finalmente a família passou no caixa, o garoto fechou a cara de novo. Novamente seu semblante retornou ao ar de birra e irritação. E então, foram embora, o garoto e seus pais.
Fiquei me perguntando qual teria sido o motivo do súbito sorriso do garoto no tempo em que esteve no mercado. Lembrei-me então que ele havia aberto o sorriso após encarar uma prateleira por algum tempo. Voltei-me então para a câmera que me permitia olhar aquela parte do supermercado e não contive meu riso ao entender o porquê de o garotinho ter sorrido todo aquele tempo: em cima da prateleira havia uma placa na qual se lia “Sorria, você está sendo filmado”.



05/07/2013

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sobre coisas.



Eu odeio sair de casa com o cabelo preso. Mas odeio infinitamente mais quando alguém mexe no meu cabelo quando ele está preso.
Eu odeio pessoas que andam pela casa enquanto escovam os dentes. Eu odeio vários nomes; odeio muitos nomes começados com a letra D.
Eu odeio ficar sem esmalte. Eu odeio odiar tantas coisas. Eu odeio, ao mesmo tempo, odiar e amar certas coisas.
Eu não posso, sabe. Não consigo. Mas ninguém vê. Ninguém entende. Ninguém liga.
"Não pode o que? Não consegue o que?"
Não consigo. Só isso.
Preciso parar de precisar e aprender a querer puramente por querer, por prazer, porque é bom.
Preciso parar de não fazer sentido.
Preciso fazer menos sentido ainda.

(...)

Eu amo sentir o sol na pele em meio aquele frio horrível das sete e cinquenta e seis da manhã. Mas eu amo infinitamente mais quando não há aquele frio horrível as sete e cinquenta e seis da manhã.
Eu amo cantar músicas da Taylor Swift e do Fall Out Boy loucamente quando estou muito feliz ou muito mal.
Eu amo quando me pego rindo de algo que simplesmente me deixou alegre.
Eu amo quando consigo vomitar as palavras que se engasgaram na garganta a alguns dias.
Eu amo quando eu deixo certas coisas para trás e simplesmente não preciso vomitar palavra nenhuma.

(...)

Eu odeio não ter as palavras certas para usar. Odeio infinitamente mais quando as palavras certas são simplesmente duras demais, e eu não tenho coragem para usá-las.
Eu odeio quando me colocam no paraíso por cinco minutos e depois me puxam pra baixo. Porque isso é apenas muito injusto.
Eu odeio estar com sono as nove e dezesseis da noite. Eu odeio ter que acordar as seis e vinte e dois da manhã.

(...)

Eu só quero que três semanas passem rápido; quero que seis meses passem mais rápido ainda.
Quero coisas que sei que não terei. Quero um texto sem tanto drama. Quero um texto sem ele. Quero um dia sem me torturar com as mesmas músicas e lembranças que tanto gosto e odeio.
Eu estou com sono. Eu quero cantar uma música loucamente antes de ir dormir. Eu quero gritar. Eu quero encontrar as partes de mim que perdi por ai.
"A minha alma, nem me lembro mais, em que esquina se perdeu ou em que mundo se enfiou".
Adoro quando alguém coloca em palavras o que eu sinto melhor do que eu mesma poderia explicar.
"Eu gostaria de ser meu antigo 'eu' novamente, mas eu ainda estou tentando encontra-lo".
"Você é o que você ama, e não quem ama você".
Desconfio que tudo que eu sinto agora já foi dito por outras pessoas.
Acho, então, que já posso ir dormir em paz esta noite.

(...)

E afinal, este é outro texto que não faz o menor sentido.

domingo, 13 de julho de 2014

Sobre como eu me contrario todos os dias - e quase sempre me arrepende depois.



"Eu não vou", pensei. E quando me dei conta, já estava lá.
"Eu não gostei disso tanto assim", pensei. E quando me dei conta, já estava saindo da loja com a sacola na mão.
"Eu não vou passar do lado deles", pensei. E eu não passei. Mas depois me dei conta de que eu deveria ter passado, de que eu deveria ter dito "oi", com meu melhor sorriso estampado no rosto. Ai, talvez isso tivesse doido menos do que doeu todos esses dias.
"Eu não vou escrever, e muito menos postar, um texto sobre isso. Ele não merece". Mas me contrariar é uma das regras que eu mais obedeço todos os dias.
Sabe, eu acho que eles não deveriam me aceitar na faculdade. Porque cada dia mais me convenço de que eu tenho 13 anos, e não 18.
Porque não é possível que alguém que já viveu tanta coisa ainda cometa os mesmos erros, chore pelas mesmas coisas e ainda não tenha aprendido a esperar. Por isso, às vezes penso que todos esses últimos anos foram algum sonho maluco e que, amanhã, vou acordar e perceber que ainda tenho 13 anos.
"Triste não é quando uma criança tem medo do escuro, mas sim quando um adulto tem medo da luz". Li isso em algum livro uma vez, e desde então, me pergunto se eu sou adulta. Porque às vezes eu tenho medo da luz. As vezes eu prefiro o escuro, porque com as luzes apagadas é mais fácil interpretar uma personagem qualquer. Porque as pessoas não se preocupam em olhar nos olhos quando está escuro.
E eu me convenço mais ainda de que tenho 13 anos quando escuto músicas e penso que cada palavra delas foi escrita para contar sobre a minha vida.
Uma vez eu pedi pra deixarem as luzes acessas, e só me convenci de que elas são melhores apagadas no final (Sexta-feira 13). Agora, já começo preferindo o escuro, mas tem algo bem lá no fundo que me diz que logo eu vou gostar da luz de novo. Espero que esse algo esteja certo.

Porque textos escritos quando se está com sono não fazem sentido.



Hoje eu estava lendo os textos que postei nos últimos dois meses. E eu percebi que eles são todos o mesmo grito desesperado com palavras diferentes.
E, sabe... eu cansei. Eu só cansei.
Cansei de gastar minhas forças alimentando uma possibilidade morta. Cansei de sempre quase ser. Cansei de me importar com pessoas de quem eu já deveria ter me afastado. Cansei de estar cansada. Cansei de reprimir coisas que ficam melhores quando ditas.
Cansei de todas essas pessoas que fazem suposições e depois me julgam como uma pessoa horrível. Quer saber de uma coisa? Eu sou uma pessoa horrível. Sério. E eu adoro ser do jeito que eu sou.
"Eu passei na faculdade".
Essa é a minha nova frase preferida.
Eu estou com sono. E esse texto não faz sentido. Mas neste momento, as melhores coisas pra mim são as que não fazem sentido. Os dias que não fazem sentido e simplesmente acontecem são os melhores dias. Os olhares que não fazem sentido e simplesmente se cruzam são os melhores.
Hoje eu pensei algo que eu não deveria ter pensado. Na verdade, eu pensei muitas coisas que eu não deveria ter pensado e que eu jamais vou contar pra alguém.
Mas as possibilidades que jamais deveriam existir, quando consideradas, são as mais divertidas.
Sei lá.
Eu só queria escrever algo sobre como estou agora.
E eu não sei se eu faço sentido agora, então, o texto também não precisa fazer.


06/07/2014

terça-feira, 1 de julho de 2014

Da série: surtos de crise de meia idade.

Pergunto-me como é ser bonita.
Não que eu seja feia. Na verdade, sou bonita.
Mas o que me vem a mente agora são perguntas sobre como deve ser ser bonita, daquelas belezas que é impossível alguém achar feio.
Sabe, eu tenho duas calças jeans. Eu não tenho uma bolsa ou mochila legal. Eu não tenho uma jaqueta estilosa. Não por falta de dinheiro. Não por falta de bom gosto. Talvez seja por falta de oportunidade. Ou por simplesmente não achar bonito aquele tênis e aquela marca que todo mundo usa e não encontrar algo diferente do que as pessoas fazem virar "modinha".
Mas o que não me sai da cabeça é a tal pergunta: como é ser bonita?
Como deve ser ser uma garota com olhos claros penetrantes, ou com um cabelo naturalmente perfeito, ou com interesse por meninices, ou com assunto sobre "coisas que você é legal por gostar", ou com um jeito espontâneo que todo mundo admira?
Deve ser legal ser legal.
Deve ser legal ser bonita.
Como eu disse, graças ao bom Deus, não sou feia (como disse Vinícius de Morais: "as muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental"). Mas é que hoje eu passei em frente a um espelho e me achei muito bonita. Hoje eu passei batom e esmalte vermelhos e me achei linda. Hoje eu olhei fotos recentes e me achei maravilhosa. Essa semana tenho pensado sobre cortar o cabelo bem curtinho, e imagino que eu ficaria perfeita assim. Mas ai eu olhei ao meu redor e vi todas as outras mulheres e meninas com aquele tipo de beleza que é impossível alguém achar feio. Imagino que elas tenham mais de duas calças jeans, uma jaqueta estilosa e uma bolsa legal. Imagino que elas gostem de conversar sobre maquiagem ou super-heróis. Imagino que elas tenham um jeito espontâneo, determinado, engraçado ou meigo. Imagino que elas não tenham crise de meia idade aos 18 anos. Imagino que elas consigam viver uma vida normal e saudável sem estarem preocupadas com o vazio que ameaça preenche-las. Imagino (na verdade, vejo) que elas não parecem ter 13 anos quando, na verdade, vão fazer 19 em breve.
Talvez existam mulheres que foram colocadas no mundo para que todas as outras se sintam inferiores.
Ou talvez eu só deva passar mais batom e esmalte vermelho, e deixar-me ser.
Talvez eu só precise de uma jaqueta estilosa e uma bolsa legal.
Talvez eu deva fazer menos drama e gastar mais tempo observando as estrelas.
Ou talvez eu apenas esteja sendo tão dramática porque estou com fome.
Deixa eu ir jantar que eu ganho mais.



segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dois dias que parecem um só.



17/06/2014

Porque quando estou naquele ônibus, e ele passa naquela avenida, sei que é hora de fechar os olhos e aumentar a música num volume que me ensurdece (porque os pensamentos gritam alto demais, e eu não quero escuta-los mais uma vez!).
Porque hoje quando passei por aquela avenida, essa música começou a tocar, e ela faz meus pensamentos gritarem mais alto do que a música que me ensurdece.
Porque a (exatamente) um mês, o céu estava bonito e iluminado. Há duas semanas, o céu estava cinza, e chovia, e fazia frio, e minhas lágrimas se misturaram com as gotas que caiam do céu. E ontem o céu estava escuro. Tão negro como o gato que ficou me encarando na rua e me dizendo silenciosamente que eu não estar me importando é a única coisa que posso fazer.
E sabe, agora está frio. E eu não deveria estar nesse vento com apenas uma camiseta fina.

23/06/2014

Mas aquela camiseta fina e esse decote são as únicas coisas que eu posso oferecer.
Minhas unhas estão pintadas de rosa. Pergunto-me se você gostaria dessa meninice toda. Eu não gosto desse rosa claro. Quantos doze anos e nenhum estilo eu tenho para estar com um esmalte dessa cor? Mas essa cor é a única que eu posso ter agora. Eu odeio essa cor, mas eu a adoro também.
Tipo essa música que insiste em tocar uma vez mais. Eu a acho perfeita, mas eu a odeio. Eu nem estou naquela avenida agora, mas essa música me lembra as coisas que a avenida me lembram.
E hoje eu acordei querendo aqueles quatro dias e meio de volta.
"Meu coração ama mais quando ele está quebrado". É o que diz a música que está tocando agora. Aquela música que eu amo e odeio.
E está frio.
Mas talvez eu deva sentir frio.
Pelo menos estou sentindo algo assim.

(...)

"E eu quero te ensinar uma lição do pior jeito possível.
Mas eu ainda trocaria todos os meus amanhã's por apenas um ontem", diz a música que toca agora...

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Minha nova música preferida.




Eu preciso de mais sonhos
e menos vida.
E eu preciso dessa escuridão em um pouco mais de luz.
Eu chorei lágrimas que você nunca verá
Então foda-se, agora você pode chorar um oceano por mim!

Você é o que você ama, e não quem ama você.
E em um mundo cheio da palavra "sim"
Eu estou aqui para gritar (NÃO, NÃO!).


Trecho da música Save rock and roll, FOB

sábado, 14 de junho de 2014

Sobre dia dos namorados, copa do mundo e sexta-feira 13.

Sabe, estou cansada de escrever sobre eu estar me afogando. Mas a maior parte da minha vida se resume a isso a alguns dias. E o que mais me preocupa é o fato de eu não me importar mais tanto assim.
Mas enfim. Acontece.





Tudo que vejo são os fantasmas me perseguindo. Tudo que sinto é passado. (quase) Tudo que vivo é vazio. Tudo que tenho é futuro ou passado. Agora, tudo que sou é confusão; é vontade; é desejo; é uma enorme incógnita.
Ontem os fantasmas voltaram. Três deles eu já matei, mas acho que fantasmas nunca morrem por completo. Dois deles eu ainda não tive forças pra matar, especialmente um deles (a esperança desesperada ainda me impede de matá-los dolorosamente).
Ontem hipocrisia me cercou. Falsos sorrisos. Falsas sensações. O único sentimento verdadeiro eu tive que esconder num canto escuro, porque ele talvez jamais consiga ser, de fato.
Acho engraçado ter essas crises de meia idade aos 18 anos. Acho meio angustiante ter tanto passado e pouco presente em plena "flor da idade".
Todos os cantos da minha mente gritam por "agora!", mas eu não sei como fazer para pegá-lo nas mãos.
"Você sempre foi tão madura pra sua idade!". Hoje não tenho certeza se isso é bom. Posso afirmar que não é fácil.
Sei que as coisas fáceis quase nunca são as certas. Mas talvez eu precise de coisas mais fáceis, já que eu não tenho mais tantas forças agora. Estou cansada.
Acho que preciso descansar no abraço de um outro alguém. Mas todos os "alguéns" que quero são inventados. Ou passados.

(...)

E de repente, eu me canso. De repente, eu entendo. Talvez eu esteja apenas me agarrando a uma falsa resposta, mas ao menos agora eu tenho algo.
Agora eu tenho aquele lado de volta. E ele está louco para fazer estragos.
E esse lado me faz amar quebrar alguns sentimentos inventados. E alguns corações passados.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Almost 22




Eu queria morar em um daqueles prédios, naquela rua lá no centro. Aquela rua que fica perto daquela avenida, que fica perto de tudo.
Eu queria viver a vida que invento todos os dias, seja quando acordo, no banho, ou depois do almoço, enquanto leio naquela praça ou naquela cadeira, que ficam perto daquele lugar.
Eu quero ter agora coisas que eu sei que não terei imediatamente; por isso usei o "queria". Agora uso o "quero" porque em algum lugar aqui dentro, ainda há uma ponta de esperança que luta contra a morte todos os dias, que acredita que os "queria's" podem virar "eu tenho, agora!".
Eu quero ter. Eu quero ser. Eu quero sentir. Eu quero viver, e não apenas existir.
Eu quero dormir, mas quero ficar acordada até três da manhã fazendo coisas banais.
(provavelmente eu durma em alguns minutos)
Eu disse que não queria mais me afogar em sentimentos inventados e lembranças... só para depois perceber que eu sempre estive afogada em mim mesma; o que mudou foi apenas o meu modo de lidar com o desespero de estar cercada por todos os lados: às vezes ignorando o fato de estar submersa e me distraindo com o sol que nasce e morre e nasce e morre, às vezes me agitando e aumentando ainda mais a pressão sobre mim, às vezes sendo racional e pensando em um modo lógico de me desafogar, às vezes morrendo a cada noite e re-nascendo a cada manhã, como o sol, às vezes deixando-me sentir e esperando...
Acho que cada vez mais as luzes da cidade brilham dentro de mim. (e mesmo entendendo profundamente essa frase, eu não faço a mínima ideia do que ela quer dizer).
Fico meio frustrada com o fato de ficar inspirada nas horas erradas e de entregar-me ao bloqueio nas horas livres.
E eu acho que muitos dos meus maiores medos se tornaram realidade antes que eu os matasse. E, cada vez mais, eu me dou conta de que esses dias foram só a calmaria antes da tempestade.
Espero conseguir um guarda-chuva forte o bastante para me proteger do estrago que essa chuva pode causar.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Da série: eu não deveria postar porque não quero que você leia, mas sei que você não acessa meu blog.




Isso dói, sabe. É uma dor suave, mas, ainda assim, incomoda.
Fingo esquece-la, fingir que não dói mais.
Mas ainda dói pelo menos uma vez por dia, geralmente antes de dormir, ou quando minha mente se esvazia e se foca em você.
É engraçado. Nós nem nos falamos mais, mas eu ainda imagino e planejo nosso futuro juntos, e que tipo de coisas vamos fazer numa terça a noite, ou num domingo a tarde. Doce e triste ilusão.
É isso. É uma dor doce, essa que sinto. Parece que todos esses dias sem falar com você foram apenas um sonho ruim. (...) Doce e triste ilusão. Doce e amargo clichê, pelo qual eu anseio, mas repugno.
E, em meio a tantos devaneios, o fato é que eu ainda permito me alegrar com as lembranças, (...) eu ainda me permito ignorar todo o mal que você me fez, porque a maldita desesperada necessária esperança ainda vive. mesmo que em meio aos seus últimos suspiros de vida.
E eu tenho esperança de que a esperança viva, e se torne realidade.
Garotinha tola.





21h20min. de um dia qualquer.
Quase-aniversario.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Ah, a sabedoria dos livros...

"É meu medo mesquinho de rejeição pessoal que permite a existência de tantos males."





Trecho do livro Condenada, de Chuck Palahniuk.

domingo, 1 de junho de 2014

Bad day.

Eu tive um dia ruim.
Mas ele não terminou com um estranho bonito abrindo um guarda-chuva vermelho pra mim (aliás, nem chuva teve hoje).
But I'm still waiting...



sábado, 31 de maio de 2014

Fim de mês.



Meu problema é não saber esperar...
*pausa pra dar play em uma música deprimente*
Ah, assim está melhor! Música sobre se afogar em sentimentos passados e inventados tocando: meus dedos deslizam mais facilmente pelo teclado.
Sabe, você pode me conhecer a anos, a meses, ou pode nunca ter me visto, mas você que está lendo isso agora não tem a mínima ideia de qual é o sentido deste texto (pode até achar que entendeu-o após ler, mas não, não entendeu).
Só eu sei entender essas palavras. Sei porque eu sinto. Sei porque o que eu mais queria neste momento é que essa fanta uva em cima da minha mesa fosse vinho. Ou algo amargo e com volume de 40%. Porque a vida real não me parece tão bonita agora. Porque a música tocando me enlouquece. Porque eu não sei como fazer para parar de desejar que meu celular vibre, e que seja você vindo me dizer que sentiu minha falta esses dias. Porque eu não quero que você leia isso, mas eu vou postar esse texto mesmo assim. Porque eu simplesmente não entendo como as pessoas conseguem esperar. Porque fazer nada dói imensamente, me faz perder o ar...
Porque é sempre "quase". Porque "agora" sempre vira lembrança. Porque o momento é tudo que temos, e nesse momento, eu só tenho nada.
Porque eu deixo outras dores doerem, pra esconder a fonte de todas elas, porque eu não se suportaria deixar essa dor doer.
Porque cada nervo do meu corpo está sobrecarregado. Porque todos os sentimentos aqui dentro gritam pedindo algo, e eu não posso ceder a eles, por mais que ceder a eles seja o que eu  mais quero.
E eu sei que ceder a eles é a única coisa que vai me deixar melhor. Eu sei que ceder a eles vai trazer as respostas de todas as minhas perguntas.
Mas ceder a eles é a única coisa que eu não posso fazer. Ou não consigo. Pelo menos por enquanto.
Então, fecho a porta dos gritos e os ignoro, por hora. E vou assistir alguma série ou filme e gritar com os personagens. Acho que vou fazer pipoca também. Ou batata frita. Ou miojo.
(Um sorriso silencioso surge. Minhas "habilidades culinárias" me lembram de algo que venho tentando esquecer. Bitter-sweet).



Sobre as músicas que escutei enquanto me entregava ao drama: a primeira foi Driver, da banda Eskimo Joe, mas não tem essa música no youtube. A segunda é essa aqui.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Post que eu não deveria postar. Mas sou teimosa comigo mesma, e postei.




Não é justo, sabe. Não é...
Porque eu senti, e sei que você também sentiu.
Porque eu acreditei, porque eu me permiti sentir, porque eu ignorei todos os avisos e (...).
Porque eu sinto, porque eu quero, porque é forte, porque é único. Porque é tudo que eu sempre sonhei, e eu não quero, eu não posso deixar de acreditar que os sonhos se realizam...
Porque dói pensar que eu deixei tudo isso escapar pelos dedos. Porque ter o paraíso e depois ser jogada para longe, no frio, é infinitamente mais dolorido do que nunca ter tido.
Não é justo, sabe. Não é...

E eu estou cansada de nunca ser justo, de nunca ser agora, de sempre ser o próximo, de sempre ser depois...

(...)

E não saber se você ainda sente aquilo está me torturando a cada dia.
E eu já estou arrependida por estar postando isso.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mais frio, mais drama.


Estou enlouquecendo agora, no meu solitário dilema: se sigo o orgulho, todos os cantos da minha mente gritam para que eu ceda e tire a dúvida. Mas, se eu tirar a dúvida e disser todas as palavras que rondam meu coração a alguns dias, posso acabar tendo como unica alternativa me afogar de novo em passado e sentimentos inventados.

(...)

Ah, noite fria...
Porque é que me atormenta tanto assim???...


23h32min.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Silêncios (da série: dramas da madrugada).




Está frio. Meus dedos estão gelados. Minhas unhas, pintadas de vermelho. Meu coração, batendo, num ritmo que ainda estou tentando entender.
Sentada aqui, vejo a cidade passar. E, subitamente, percebo que me entreguei novamente: estou me afogando em mim mesma.

(...)

Exitem vários tipos de silêncio.
Tem o silêncio da voz que se cala para fechar os olhos e sentir o toque.
Tem o silêncio da voz que se cala para apreciar com os olhos.
Tem o silêncio da voz que se cala para ouvir os gritos dos pensamentos.
Tem o silêncio das letras que cessam por introspecção.
Tem o silêncio das letras que se tornam raras por dúvida.
Tem o silêncio das letras e voz que somem a mando do coração, por ele ter medo de se machucar outra vez.
Tem o silêncio de todos os sons, exceto do riso, que pode ser bom, encantado, desesperado, contido ou amargo.
Tem o silêncio das letras escritas, que gritam por algo que não pode ser dito.
Tem o silêncio desesperado dos sons e letras que dizem o que não querem dizer, e escondem o que está estampado no peito.
Tem o silêncio da noite, da voz, das letras, para dar espaço somente a um "tec tec tec" que me alivia um pouco a alma.
Tem o silêncio que grita e me manda fazer algo, qualquer coisa, qualquer loucura, qualquer algo que me faça sentir.
Tem o silêncio que me diz que devo correr atrás de sensações, para que o nada não varra tudo novamente.
E tem o silêncio da lágrima que escorre e me diz que eu não preciso me afogar em sentimentos passados ou fingidos, o silêncio que me diz que devo ter esperança, e que vai ficar tudo bem...
Mas, acima de tudo, tem o silêncio que dói aqui dentro por estar silenciado sozinho, o silêncio que quer ser silêncio junto com o silêncio de um outro alguém.
(...)
[E tem o silêncio que me diz que eu não deveria postar este texto no blog. Mas os outros silêncios gritam mais alto que ele, então, eu o ignoro. Talvez eu me arrependa disso.]


01h25min.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quero.



Quero tudo.

Quero todos os desejos, todas as sensações, todos os sentimentos.
Quero todas as palavras, quero todos os sons, quero todas as cores.
Quero, quero... todos os sorrisos, todos os sabores, todas as loucuras.

Quero algo que não posso escrever neste blog o que é. Mas quero...

Quero sol, quero estrelas, quero chuva.
Quero livros, quero filmes, quero músicas.
Quero poder querer sem medo. Quero poder sentir sem dor. Quero poder acreditar sem receios. Quero fechar os olhos e sorrir.
Quero matar todos os monstros debaixo da cama. Quero que a lua sorria para mim. Quero acreditar que é possível realizar todos os sonhos. Quero ver utopias (as boas!) se tornarem reais.
Quero menos tédio. Quero mais surpresas. Quero menos razão. Quero mais doce de leite.
Quero mais, mais, mais!
Quero querer com sabedoria. Quero querer sem fazer sentido. Quero querer sem ter que explicar. Quero meus silêncios mais raramente. Quero que me interpretem da maneira correta. Quero confundir. Quero opostos. Quero exceções. Quero conversas jogadas fora, e sorrisos surgindo de dentro.
Quero conhecer todas as coisas.

.
.
.

Quero abraçar o mundo.
Um dia...
Um dia conseguirei abraçar o mundo. E com isso, conseguirei tudo que quero.

sábado, 17 de maio de 2014

Momento nerd.

Oi pra você que está lendo isso agora. E muito obrigada por estar lendo isso agora, haha.
Vim aqui hoje postar o link de um site que muitos conhecem, mas de uma seção em especial que me chamou muito a atenção.
Achei extremamente genial a ideia de um jornalista morto (no caso, Euclides da Cunha) entrevistar personalidades importantes já falecidas. Essa é a proposta da seção "Entrevista com defuntos", do site Guia do Estudante.
A primeira entrevista que li foi com Nelson Rodrigues, escritor e dramaturgo. E alguns trechos me chamaram a atenção, como: 

"Euclides da Cunha:  Existe o amor eterno?

Nelson – Todo amor é eterno. Se não é eterno, não era amor.

Euclides da Cunha: E isso tem valor para os dois?

Nelson – Sim. O amor não deixa sobreviventes.

Euclides da Cunha:  Então, o amor é uma impossibilidade?

Nelson – Absolutamente. É o amor que impede o homem de trotar pela avenida Presidente Vargas, montado por um Dragão da Independência. Um Dragão de penacho."

Achei essa ideia muito interessante, e é possível, além de dar boas risadas, aprender um pouco de história e ter desperto o interesse em ler certas obras (eu, por exemplo, vou no sebo assim que possível comprar Memórias Póstumas de Brás Cubas).
Mas bom, é isso. Só vim compartilhar com vocês a minha diversão da tarde. Espero que gostem também! O link dessa seção é http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/entrevistas-defuntos-historicos/

Aproveitem!


Euclides da Cunha

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Parabéns.

Hoje eu vim fazer um post um pouco diferente do habitual.
Vim deixar o meu mais sincero "muito obrigada" a uma pessoa que merece muito mais do que isso.
Hoje eu vim dizer a essa pessoa que, não importa quantas palavras bonitas eu diga ou escreva, elas não conseguem expressar o quão especial essa pessoa é para mim.
Então, hoje vou fazer algo que é muito raro em mim: vou dizer poucas palavras. Essa pessoa merece todas as palavras do mundo, mas apenas três resumem tudo: eu te amo.
Thay, você é a melhor amiga que alguém pode ter. Obrigada por ser exatamente quem você é. Obrigada por todos os xingos e risadas. Obrigada por todos os miojos, e por todas as vezes nas quais você esteve comigo, quando éramos eu e você contra o mundo.
Você merece toda a felicidade do mundo.
Parabéns, minha melhor amiga, minha MII.
Eu te amo.
Não seja presa, haha. Mas aproveite seus 18 anos, e pegue todas as coisas boas que a vida tem a lhe oferecer.
Obrigada por tudo.




E lembre-se, que ter tudo durinho e vestir 38 é para poucas! Hahaha

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Vazio.



Meus dedos passeiam pelas páginas em branco; nada.
Nada nas folhas, nada na cabeça, nada no coração.
Por hora.
Por segundos, alguns segundos que parecem anos, nada.

.
.
.


E, de repente, tudo.
De repente, ansiedade. De repente, medo. De repente, passado. De repente, presente [vazio].

(...)

Seriam "nada" e "vazio" palavras com o mesmo significado?
Neste momento, para mim, não.
"Nada" é nada. ["Nada" é quando o "tudo" foge.]
"Vazio" é um lugar cercado por tudo; "vazio" é um tudo que não consegue entrar.
O que eu sinto agora não é "nada". O que sinto é "vazio".
Está tudo aqui.
Eu só preciso descobrir como deixar esse tudo penetrar no vazio...

.
.
.


Eu só preciso lembrar como é que se faz pra prender um momento feliz.


22/03/2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Yep.



Maus hábitos são difíceis de matar.

Porque eu me lembro de tudo muito bem.



And I know it's long gone, that magic's not here no more. And I might be okay, but I'm not fine at all.

(...)
And maybe we got lost in translation, maybe I asked for too much. But maybe this thing was a masterpiece
'till you tore it all up.

(...)
So casually cruel in the name of being honest.
I'm a crumpled up piece of paper lying here
'cause I remember it all too well.

Time won't fly, it's like I'm paralysed by it!
I'd like to be my old self again, but I'm still trying to find it.

(...)
But you keep my old scarf, from that very first week
'cause it reminds you of innocence and it smells like me.







quinta-feira, 3 de abril de 2014

Drama.




Eu queria gritar.

Mas não um grito abafado embaixo do travesseiro - não é o suficiente.
EU QUERIA GRITAR PARA TODO MUNDO OUVIR.
Mas vivemos em um mundo no qual precisamos fazer sentido; e não faria sentido algum gritar por ai feito louca.
Então, me contento em gritar apenas em todos os cantos de minha mente, em todas as memórias e nostalgias, em todas as ilusões vazias para o futuro, em todas as coisas com as quais me engasgo por não ter dito.

Espero não morrer sufocada com esse grito que estou engolindo a dias.

Eu odeio todas as loucuras que não fiz.
Eu odeio todas as oportunidades que desperdicei.
Eu odeio todo mundo que diz que é certo ser só mais uma "pessoa normal".
Eu odeio o mal que eu faço a mim mesma, ao engolir um "sim" que eu quero dizer.
Eu odeio todos os "nãos" que eu digo por "ser o certo a se fazer".

Eu tenho medo de um dia não ter mais medos.
Porque ser livre me assusta.
Porque ser feliz me assusta.

Sabe o que sou?
Uma garotinha mimada e ingrata.
E tudo que eu tenho agora
é uma grande interrogação
e um monte de nada.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Minhas loucuras.



Se pensei em você?
Pensei.
Pensei tanto, que pensei que não deveria pensar.
Então, parei.

.
.
.
.
.
.

Ou, pelo menos, tentei.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Tempo.




08/03/2014, às 00:41h.

Eu realmente estou com muita fome agora.
Mas vou escrever antes de matar a tal da fome. Porque sim.

.
.
.

Eu espero que vocês estejam bem.
Mentira.
Na verdade, eu espero que muitos de vocês se explodam (:

[...]

(Ok, vamos começar de novo.)
Eu espero que vocês saibam
que já cicatrizou.
Eu espero que vocês saibam
que é só mais um motivo para rir.
Eu espero que vocês saibam
que eu não ligo.
Eu espero que vocês saibam
que quando eu resolvo me importar, é pra me deliciar com isso.
Mentira, de novo.
Na verdade, quando se trata de vocês, eu não espero nada.

[..]

(Ok, agora é o último recomeço. Porque eu estou com fome.)

________________________________________________________________________

25/03/2014, às 23h.

Estou com fome. Então, provavelmente, este texto não ficará tão bom; porque é difícil juntar as palavras certas quando se está com fome.
Então, por que escrever agora?
Porque tenho algo a mais do que o estômago vazio: o coração também está.
[...]
Não vejo problema algum em admitir isso: me sinto mal por me sentir só.
Porém, expor um dos meus lados mais frágeis, assim, tão nua e cruamente, me deixa um pouco envergonhada.
Então, se você está lendo isto agora, sinta-se com um pedaço do meu coração nas mãos.
Não o maltrate, por favor.

[...]

É estranho o sentimento: nostalgia. É algo como querer certos momentos e pessoas de volta.
Entenda: nostalgia não é saudade.
Nostalgia não é querer a pessoa como ela é agora.
Nostalgia é querer a pessoa como ela era... é ter uma vontade incontrolável de pegar certo momento na mão, e não deixá-lo escapar...
Sinto-me nostálgica sobre alguns momentos e palavras que foram-me ditas / escritas a mais de cinco anos atrás...
Isso é uma merda.
[...]
Porque a gente nunca se contenta com o agora.
O "agora" nunca é bom o bastante.
E, quando o hoje passar, talvez iremos sentir falta dele, e culparemos a nós mesmos por não termos aproveitado o momento melhor.
"Carpe diem".
Ainda estou tentando descobrir como... um dia eu chego lá.
Acho que a fome está matando um pouco a nostalgia.
Melhor eu ir comer, antes que meu lanche (que chegou a poucos minutos) esfrie.
Já que não há um jeito prático para preencher o vazio do coração, deixa eu ir preencher o do estômago. 
:)